quarta-feira, 7 de março de 2012

Rastejar.

Nunca consegui entender as palavras que são usadas com frequências; de bocas que já foram beijadas com frequências; de corações levianos que já amaram com frequência; de pensamentos maliciosos que são usados com frequência;
Eu me canso de tudo o que não é mais raro, e hoje se torna banal, resto ou sobra da qual eu tenho nojo.

A minha saudade

Ela não tem nome, nem memória.
Se vê tão sozinha, e rodeada de lembranças.Cria e se desenvolve em um palco de falsos amoresCai e levanta em tropeços de amizadesFoge e longe se vê bem distante, e se faz presente. Delirá de vontade de não existir; morre entre lágrimas e um recomeço de uma futura outra saudade.Se insinua a mais provocante, se veste como a mais bela, e volta aos seus Aposentos, sendo lá, a Rainha de seus desejos.

E você desvive.

Você desmonta como se fosse um castelo de cartas da manga; quebra como um lápis já cansado de ser usado; se parte ao meio igual como uma folha sem valor; você logo no começo, chora pensando que os sentimentos se foram nas lágrimas, mas eles voltam, e como se fossem uma espada amiga que já tenha ferido vários de seus inimigos, ela lhe cortará com um sorriso dizendo ser soberana e traíra, como uma lenda se sobressai, sem pedir licença, algo parecido como uma bebida desvendada a mais doce e também a mais alcoólica, que ao beber-la não terás  chances de ir ao céu, pois o perdão está antes de ingerir o pecado com intenções egoístas.