terça-feira, 16 de julho de 2013

Ósculo No Chão

Numa certa tarde, espalhei pelo chão, alguns defeitos próprios.
Só se conseguia ouvir o barulho de uma chuva saudosista que remirava uma dormência nas mãos e apertos no peito. Eu olhava os defeitos, que nada me traduziria. 
De coerência, eu tinha espalhado mais do que defeitos que viraram qualidades, e qualidades que se fundiu aos defeitos.
Separar os defeitos, motivos da sua tristeza, dos defeitos, razão da sua felicidade, te antecipa a complexidade de uma tarde cinzenta que lhe oferece explicações confusas.
É convidativo ter memorizado como cada ação teve a influência dos meus defeituosos pensamentos. Reportar-me-ei de vez em quando, um cartão postal do que seria o meu caminho feliz, se o escolhe de forma sensata, nada tão lógica;
Embrulhei os restos do que espalhei naquele chão egoísta.
Guardamos o que restou de um dilúvio sentimental, e das mágoas, enxugamos o aprendizado daquilo que custamos aceitar.


segunda-feira, 27 de maio de 2013

8 Meses, 8 Beijos, 8 Abraços e 8 Apertos no coração.



Significou pra mim, em um tempo contraditor, acreditar nas mentiras, um fator essêncial pra eu ser fingir ser feliz. Não que eu saiba o que é mentira. Mas também não sei o que é verdade. Se no encanto dos momentos eu não entendia que a mentira fazia parte do cenário, ou no ápice da alegria eu não me importava em acreditar ou desacreditar. No entanto, a musica que começa, termina. Os aplausos que se iniciam com um par de mãos acanhados pela precipitação de aplaudir primeiramente, se finaliza com um outro par de mãos cansados e avermelhos. As concordancias nos exatos dessa história, é proporcional. Os infinitos que se inciam e não terminam refletem a ilusão, e o menino apaixonado, reduzido ao tamanho de uma estrela que hoje não existe mais, luta consientemente e perde na luta a sua Verdade, e se transforma em um príncipe e seu castelo de mentiras, tentando escorder seu escudo com sua espada. 8 meses.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Ao Amigo Imaginário.



" Sinto tua falta, a mesma falta que sinto de mim nos velhos tempos. Eu gostava das suas respostas enquanto conversávamos, era sempre o que eu queria ouvir. Adorava sua maneira de existir sempre que eu precisava. Hoje fico sozinho, remoendo meus problemas e falando com paredes, elas sim existem! Mas apesar de existirem, não me respondem, nem ao menos com um suspiro entediado. Aluguei aquele filme que tanto gostávamos de assistir juntos, foi sem graça assistir sem você, assim como é sem graça chorar sem você, porque você sempre interrompia meu choro com frases bonitas e feitas sob medidas para mim (parecia até que vinham do interior da minha mente). Volte quando quiser, eu não tenho seu telefone... E-mail... Endereço... Eu só tenho a lembrança de você existir e me fazer bem. Aliás, eu preciso de você, só pra evitar esses momentos de solidão que me dão tanto medo."


                                                                                             


                               
                                                                                                                 - Rafael Renan ~~~