quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Canto de um Povo de um Lugar


'' Todo dia o sol levanta, e a gente canta ao sol de todo dia.

Fim da tarde a terra cora, e a gente chora porque finda a tarde

Quando a noite a lua mansa, e a gente dança venerando a noite

Madrugada, céu de estrelas, e a gente dorme sonhando com elas.''

-Caetano Veloso

Um Paragrafo à Menos.

Parecia que com o passar dos dias, aquela pergunta ressaltava suavemente em meus ouvidos:
- Cara ou Corôa?-
E então meu amor se fez presente.
- Quem você escolheu? Corôa?-

E disse tchau, sem amar demais.

Tarde Amarelada


Procuro a mim mesmo nos lugares desconhecidos
Nos becos e nas ruas sem saída.
Parece arriscado, eu sei...
Mas temo ainda mais os caminhos já trilhados
Ainda que os buracos não sejam avistados,
Ainda que as placas denotem um tom de contramão,
Eu sigo rumo ao novo...
Com a certeza de que bem ou mal,
Eu encontre um lugar que eu possa chamar de Meu.
Então eu fujo... Finjo...
E por vezes minto como um principiante,
Como em um jogo de xadrez solitário
Onde sempre perco para mim mesmo.
Por de trás de cada tentativa frustrada
Existe uma força que me sustenta,
Dou a ela o nome de: O Amanhã.
É a ele que dedicarei meus próximos versos
Pois é nele, e só nele que residem meus sonhos.
Não se trata de prorrogar a felicidade,
Trata-se de não viver mentiras no hoje.
Pois nada me soa mais degradante
Do que ceder a carência dos mal amados.
Serei forte o bastante para a chegada de algo maior,
Algo que me faça crer novamente
Que a vida pode sim ser tão simples
Quanto uma singela tarde amarelada.

Luan Emilio Faustino 

2 meses de Matheus Minguine.




É como se eu odiasse estar sentindo sua falta :{

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Os Últimos Minutos



"Eu nunca te preferi por causa dos seus trechos de livros, músicas, mãos dadas, dedicações corporais, gostos para poesias, diálogos inteligentes e comidas entregues em casa. Eu nunca te preferi por causa das suas histórias de aventuras ou do seu sucesso enquanto jovem talentoso e gato com carrão a apartamento no metro quadrado mais caro de São Paulo.
Eu nunca te preferi como uma menina que te prefere porque você é um personagem muito trabalhado para ser preferível. Tudo isso era só uma boa música e uma boa fotografia e uma boa direção e um bom roteiro. Mas eu amava o negativo preto e branco e de ponta-cabeça. A fagulha de ideia da sua existência. O seu nariz aristocrático e a sua boca corada mesmo quando você empalidecia no começo da noite.
Eu amava você dormindo, de barriga pra baixo, os cachos espalhados no meu nariz, o suor na nuca secando ao longo da noite, sua barriga enchendo de ar de forma errada porque você respira mal. Eu amava você chamando seu bruxismo de vampirismo e depois dizendo que eu te deixava muito nervoso as que você, na vida real, era muito esperto. Eu amava o medo que você tinha de eu te amar em tão pouco tempo e do sentimento ser grande o suficiente para eu perceber, colorir e decorar suas minuciosidades desimportantes.
Amava sem você fazer nada, só respirando pesado, só lutando com seu peito angustiado, só perdido, só tentando ficar mesmo não sabendo como."-Tati Bernardi

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Devolve?

Lembrar-te-i de coisas marcantes e farei de seus sorrisos, lágrimas insistentes.
Algum tempo depois, lhe insisto de imediato o estabelecimento da felicidade em minha cubículo egoísta. 
Onde o meu instinto faltou, o sentimento tomou as rédias. E o que a intuição errou, foi tomada pela imaginação do querer. 
Os dias começam em uma sequência de feridas mal cuidadas.
Estranhamente não sinto a felicidade tomando meu íntimo, e pensando na loucura da vida, sentia que não dominava minhas ideias, e os meus planos dilatava-se fazendo sentir a proporção do realismo que nos envolvia, e na vastidão inferior que me tomava á alma, o amor foi o auge da colisão entre eu e você. Então eu fui um poço de auto-delitos. Lá você se machuca, e se confessa com o espelho.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Monstro Colecionador De Corações Partidos

No dia(noite) em que nos conhecemos, você estava alto, com seu  poder de persuasão a flor-da-pele [e se me reservas desculpas] não lembro a data, mais foi por volta de 21:45; sabe-se tudo, e que eu estava tímido e também recordei que não fumava frequentemente.
Te esperei  conhecer por um tempo determinado, até a hora em que eu aprendi a te chamar pelo nome, mas eu gostei mesmo foi do sobrenome: Lembra lealdade, que ouvia-se de sua voz, meio rouca -culpa do ópio, e  que mais tarde descobri que era assim toda vez que sua emoção se dispunha de sentimentos enormes causados por alguma outra coisa sem explicação.- 
E verdadeiramente, foi os primeiros minutos em que te amei demais. No intenso destino coberto de seriedade, um jovem anti-careta, predomina em meu olhar, cativando-me no sorriso normal, incompreendido, fascinante e destemido. 
Eu estava feliz e doente, lembra? Cheio de preocupações (e você ir embora tarde da noite, também era uma preocupação). Mas se hoje deu errado, é porque tudo começou errado:
Você me pedia beijos com gosto gostoso, mas eu estava (mal)acompanhado. Gosto de coisas certas, e as erradas são pra outras horas onde não envolve ninguém além de mim. Começamos errado: Desde então, foram pertubações em cima de turbilhões de coisas que maltratava-nos, para ficarmos juntos. Trocava incentivo por determinação, e você me achava estranho.
Até brigas causadas por você, afetava á mim e todos ao meu redor, mas continuava te amando.
Você quebrou o Record de brigas que já tive com alguém. Cheguei a te odiar e odiar, mas era passageiro como a onda é no mar, e a chuva é na terra.
De certo, compreendo minha insensibilidade. Mas também! Olha no que me tornei: O Monstro Colecionador De Corações Partidos, e você a vítima, rotulada de desenvolvida entre tolos sócio-patéticos no qual o seu óculos de lentes ilusórias te deixou cego. 
Mas o tempo passa, e os ventos soam fortes. E o passado foi o presente que lhe perturba, e a saudade é a solidadão que te devora.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Deduções Eloquentes

Um passeio pela praça desmanchada pelo tempo, então eu me entristeço. E antes o que era um frio corroendo por dentro, hoje são entulhos sentimentais entalados, estreitos. Era o vão de menor distância entre eu e você, que se transformava no precipício noturno, pra parecer difícil estarmos perto ou juntos.
Se almas pudessem sentir cheiro, essência ou desespero; mas Leve alma, de pesados gritos orgulhosos se perpetuando em meus ouvidos com frases rasgadas de emoção e lavada de qualquer razão.
Rogou-me tanto desamor que o vento só me trouxe faíscas. Atiraste tantos verdades! Mas o que são verdades atiradas com pressa, com dor? E nem quem eu deixasse, (tu não me acertou com verdades, mas soluços), pois eu sou parte de qualquer outra parte desse passado que nos deixou.
O segundo do agora: -passado novo, que lhe foi presente e já morreu no antigo, mas à qualquer dúvida, foi guardado na memória- me restou o sono, a dor e o reencontro de outra precipitação da qual te farei vítima, e com os dedos lhe escreverei saudades, e do olhar deslealdade.