Perceber um pingo de chuva no chão, vindo na direção do nada.
É estar á par do tédio. Um comum remédio, mas qualquer coisa resolve. Talvez é só o silêncio do tédio que incomoda. É um vasto de argumentos sendo a gota de chuva infinita: não evapora, não diminui, segue um fluxo total do desconhecido ciclo.
Talvez quero ser um pingo de chuva. Deixando meu rastro. Quero juntar minha turma e saber que hoje é uma tarde triste, enfeitar o céu, com outros pingos decididos a molhar qualquer palpite indeciso sobre a chuva.
Só ouça o barulho que eu faço. Sou um pingo da água vinda do céu. Se junte, não és feito de açúcar. Tuas mãos e lábios, são objetivos fáceis. Não espere outra chuva de verão.
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Uma Desafeição de Julho
Eu escrevi tanto, mas agora está tudo na lixeira do banheiro. Tudo que ali estava marcado como "o recomeço do recomeço" foi jogado fora, por que eu não entendo o medo de você ler o que eu escrevo sobre nós. Tá, escrevi em código pra você não saber exatamente sobre o que eu escrevia. Hoje em dia se esquece a metáfora e metem-se em um discurso claro, mesmo que romântico, sobre o que é ser um em dois. Eu posso falar do sol, e o meu pôr-do-sol pode ser você. Mas agora tudo está lá, no lixo. Jogado ou guardado. Retraído sobre a impotência que me vela toda vez que olho nos seus olhos. E saber o que não entender é estratégia de garotos de 20 e poucos anos. Não vou me inteirar, nem te revelar as palavras que eu escondi. Tudo é tão feio que eu precisei reler milhares de vezes até achar que aquela frase estava boa o suficiente pra ser jogada fora. Em um lixo qualquer, pra que outro encontre-a e faça das minhas palavras as deles pra outro alguém, e ganhe, quem sabe um beijo, no mínimo um abraço. Pras palavras, em um papel amassado, até que foram boas. Enquanto durou serem lidas, cantadas ou noticiadas, você que escolhe.
quinta-feira, 15 de maio de 2014
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