terça-feira, 27 de novembro de 2012

Os Últimos Minutos



"Eu nunca te preferi por causa dos seus trechos de livros, músicas, mãos dadas, dedicações corporais, gostos para poesias, diálogos inteligentes e comidas entregues em casa. Eu nunca te preferi por causa das suas histórias de aventuras ou do seu sucesso enquanto jovem talentoso e gato com carrão a apartamento no metro quadrado mais caro de São Paulo.
Eu nunca te preferi como uma menina que te prefere porque você é um personagem muito trabalhado para ser preferível. Tudo isso era só uma boa música e uma boa fotografia e uma boa direção e um bom roteiro. Mas eu amava o negativo preto e branco e de ponta-cabeça. A fagulha de ideia da sua existência. O seu nariz aristocrático e a sua boca corada mesmo quando você empalidecia no começo da noite.
Eu amava você dormindo, de barriga pra baixo, os cachos espalhados no meu nariz, o suor na nuca secando ao longo da noite, sua barriga enchendo de ar de forma errada porque você respira mal. Eu amava você chamando seu bruxismo de vampirismo e depois dizendo que eu te deixava muito nervoso as que você, na vida real, era muito esperto. Eu amava o medo que você tinha de eu te amar em tão pouco tempo e do sentimento ser grande o suficiente para eu perceber, colorir e decorar suas minuciosidades desimportantes.
Amava sem você fazer nada, só respirando pesado, só lutando com seu peito angustiado, só perdido, só tentando ficar mesmo não sabendo como."-Tati Bernardi

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Devolve?

Lembrar-te-i de coisas marcantes e farei de seus sorrisos, lágrimas insistentes.
Algum tempo depois, lhe insisto de imediato o estabelecimento da felicidade em minha cubículo egoísta. 
Onde o meu instinto faltou, o sentimento tomou as rédias. E o que a intuição errou, foi tomada pela imaginação do querer. 
Os dias começam em uma sequência de feridas mal cuidadas.
Estranhamente não sinto a felicidade tomando meu íntimo, e pensando na loucura da vida, sentia que não dominava minhas ideias, e os meus planos dilatava-se fazendo sentir a proporção do realismo que nos envolvia, e na vastidão inferior que me tomava á alma, o amor foi o auge da colisão entre eu e você. Então eu fui um poço de auto-delitos. Lá você se machuca, e se confessa com o espelho.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Monstro Colecionador De Corações Partidos

No dia(noite) em que nos conhecemos, você estava alto, com seu  poder de persuasão a flor-da-pele [e se me reservas desculpas] não lembro a data, mais foi por volta de 21:45; sabe-se tudo, e que eu estava tímido e também recordei que não fumava frequentemente.
Te esperei  conhecer por um tempo determinado, até a hora em que eu aprendi a te chamar pelo nome, mas eu gostei mesmo foi do sobrenome: Lembra lealdade, que ouvia-se de sua voz, meio rouca -culpa do ópio, e  que mais tarde descobri que era assim toda vez que sua emoção se dispunha de sentimentos enormes causados por alguma outra coisa sem explicação.- 
E verdadeiramente, foi os primeiros minutos em que te amei demais. No intenso destino coberto de seriedade, um jovem anti-careta, predomina em meu olhar, cativando-me no sorriso normal, incompreendido, fascinante e destemido. 
Eu estava feliz e doente, lembra? Cheio de preocupações (e você ir embora tarde da noite, também era uma preocupação). Mas se hoje deu errado, é porque tudo começou errado:
Você me pedia beijos com gosto gostoso, mas eu estava (mal)acompanhado. Gosto de coisas certas, e as erradas são pra outras horas onde não envolve ninguém além de mim. Começamos errado: Desde então, foram pertubações em cima de turbilhões de coisas que maltratava-nos, para ficarmos juntos. Trocava incentivo por determinação, e você me achava estranho.
Até brigas causadas por você, afetava á mim e todos ao meu redor, mas continuava te amando.
Você quebrou o Record de brigas que já tive com alguém. Cheguei a te odiar e odiar, mas era passageiro como a onda é no mar, e a chuva é na terra.
De certo, compreendo minha insensibilidade. Mas também! Olha no que me tornei: O Monstro Colecionador De Corações Partidos, e você a vítima, rotulada de desenvolvida entre tolos sócio-patéticos no qual o seu óculos de lentes ilusórias te deixou cego. 
Mas o tempo passa, e os ventos soam fortes. E o passado foi o presente que lhe perturba, e a saudade é a solidadão que te devora.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Deduções Eloquentes

Um passeio pela praça desmanchada pelo tempo, então eu me entristeço. E antes o que era um frio corroendo por dentro, hoje são entulhos sentimentais entalados, estreitos. Era o vão de menor distância entre eu e você, que se transformava no precipício noturno, pra parecer difícil estarmos perto ou juntos.
Se almas pudessem sentir cheiro, essência ou desespero; mas Leve alma, de pesados gritos orgulhosos se perpetuando em meus ouvidos com frases rasgadas de emoção e lavada de qualquer razão.
Rogou-me tanto desamor que o vento só me trouxe faíscas. Atiraste tantos verdades! Mas o que são verdades atiradas com pressa, com dor? E nem quem eu deixasse, (tu não me acertou com verdades, mas soluços), pois eu sou parte de qualquer outra parte desse passado que nos deixou.
O segundo do agora: -passado novo, que lhe foi presente e já morreu no antigo, mas à qualquer dúvida, foi guardado na memória- me restou o sono, a dor e o reencontro de outra precipitação da qual te farei vítima, e com os dedos lhe escreverei saudades, e do olhar deslealdade.



quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Som De Outubro.

Quem, ao longo do tempo se julgou capaz de ocultar tuas palavras em sorrisos discretos?
Restou-me ingredientes sinceros que me dilataram os olhos pra eu entender que a dúvida do que eu sentia, realmente é simples de se entender.
Tenho uma derivação de atitudes misturadas com momentos. Sou distinto de amor, e no jogo sou  inimigo do rei e amante da rainha.

Me dirá um sábio: "Você foi um menino mal"
Direi contente: - "Eu sou um menino mal"

Nem que lamente ao eterno ardo de não te ter ao meu lado,  lhe digo bem objetivo que suas reações, de longe são as mais perfeitas! E me trate como quiser sou totalmente, com dor e alegria, seu; me entrego sem harmonia por que a canção da guerra, tinha uma harmonia doce, triste, sincera e a minha inclui a sentimentalidade de um garoto qualquer, do qual você gostou de ter, e de quem eu aprendi a ser.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Sempre de Mãos Vazias

O que te insistiu enxergar seu lugar aqui?
Sem sinalizadores do amanhã, sem previsões do acontecer, escondendo a dor de deixar (com dor) um amor, que na partida lhe suou lindas palavras, sem ao menos te sonhar voltando.
E aquela voz que tu adjetiva de tudo quanto é maneiras, e que é única  referencia inicial na lembrança do "faz tempo", pois igual aquela, nenhuma se compara.
E no seu íntimo tudo estava com dor, sem reparos sentimentais, entristecendo cada dia em que merecesse mais do que um "bom-dia".
Contudo, passou-lhe despercebido a chance de perguntar-se sobre a vida, sobre o tempo. Onde estou me  fazendo á diferença? Onde deixamos cair o nosso combinado do Pra Sempre? O que vale ou o que valeu apena ser?

Não, sem você.

Já desertei.
E é como gritar bem alto, que jaz nessas palavras, o encantamento que me fez teu desdo primeiro encontro.
Lhe tragos os sorrisos que em outrora, dissentiu aos meus sentidos,  ferindo de felicidade, comprimido os extensos desejos.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sonolento Rotciv De Uma Madrugada De Setembro


Intensifique-se, ao meu lado.
Te trago pedaços de sílabas, entretanto o poema jaz afogado em minhas lágrimas.
E o meu sentimento existe em todas as paredes do meu quarto. Em todos os cantos das ruas, onde passamos abraçados; e a escrita de um ” J’taime “, no meu caderno, reinicia a dor de ter perdido a vontade interminável de não te amar.
Diálogos com a solidão, brigas com a insatisfação e a  luta contra o coração.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Gerador de Desejos.

- Que sabor tinha o seu beijo?
- Uva.
- Uvas me lembram vinho.
- Vinhos me lembram Amy?
- Winehouse?
- Não à do palco, a senhora "casa de vinhos" doidadiva, não-sóbria.
- Que Amy então?
- A que cantava "Love is a losing game" sem chorar.

Retalhos Sem Fim

Ousava, ao menos estar ao meu lado.
Cumpria o necessário e eu já estava assustado.
Abuse total e com limites do medo de não tentar errar.
Acreditei nas noites, no luar.
Fechei os olhos: escorria a tal lágrima.
Acredita-se na Insônia.
Acredito sim, no montante do querer,
Do arriscado retalho sem fim, que foi eu e você;

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Allan Martins

“Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada “dois em um”: duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.”

( Autor mais do que conhecido, Sr. A. Oliveira. )

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Eu, escorpiãoNATO.

" Escorpião é o signo do sexo, mais para a sensualidade, é o signo do mistério, das emoções fortes e da vingança , resumindo:

Uma novela mexicana com cenas de sexo!

Escorpião encara a gente e ficamos sem graça, porque tem um olhar profundo , intenso , mas se a pessoa for zarolha, vira motivo de piada.
O problema é que o escorpião é muito intenso , então tudo tem um sentido muito profundo:


'Quando tomo água, estou tentando aplacar a secura da minha solidão'.

'Quando estou dormindo e ronco, é porque é a única maneira de você me ouvir, porque você não me ouve, Efigênia.

'Quando faço cocô é uma maneira de negar sua comida, que é muito boa, mas eliminando-a pelas fezes, mostro e nego , o prazer que ela , sua comida, me causa.'

Entenderam?

E escorpião também não esquece nada.
No meio de uma transa magnifica, quando você está prestes a ter um orgasmo triplo, ele pára e se levanta e você , sem entender, pergunta:

-O que houve?
-Lembra-se que há dois anos atras , você bateu o telefone na minha cara? Pois bem , agora você me pagou.
E sai para tomar um gole de Fanta.

O escorpião também é obcecado pelo poder.
Quando ele chega em qualquer lugar , ele passa os olhos e como tem uma boa intuição ele sabe quem tem mais poder neste lugar e se aproxima da pessoa certa e pronto.

Faz o seu papel charmoso e em seguida, fecha bons negócios, bons contatos.
Mas o escorpião trabalha duro, é persistente e como tem grande controle emocional, vai longe.

E por falar em controle emocional, ele pode estar louco de amor , ardendo por dentro , mas ele olha para você e diz:
Você não lavou a louça, sua porca!

E como transa,afe.
Este signo descobre facilmente seu lado B, tipo aquilo que você tem vergonha, mas morre de medo de falar, ele descobre e faz, é gostoso, mas dá medo.
Sei de uma moça casada, que largou marido, carrão, e um bom emprego e foi para a Guiana Francesa atrás de um escorpiano louco que ela fez um sexo rápido em um banheiro de um lava -jato.

Escorpião faz sexo em qualquer lugar e quando quer sexo, vaga pelas noites.

E quando se apaixona, coragem!
Te vigia, te perturba, te persegue, te cerca.
Mas é bom, porque colega, o sexo...

Porém:
Não minta para ele, ele descobre!
Não tente engana-lo, porque ele percebe.
Não apronte, porque ele se vinga."


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Debruçar-me


E contudo, eu me rendi ao desejo, e declarei palavras bonitas, por meio de uma carta com aromas sentimentais: “Debruçar-me em teu colo e nos faça por inteiro, eternos em minha memória.”

E debruçado na janela do apartamento, pedindo  a coragem de um suicida, criando e enfatizando a necessidade dos seus carinhos, e com copo de vinho, onde tudo era noturno, e me absorvia toda energia, e sem forças me forçava a acreditar em algum dia,  sempre delirando solitário, e escrevendo ponto finais em pensamento, que antecipava a frase “Eu não a amo”, acreditando amenizar dores e sofrimento, que sem resultados se mostrava tão forte quanto a própria vontade de viver;

Agora é quase impossível achar-me em lágrimas que pareciam eternas;
É fácil deter-me quanto ao amor,  e quanto me sinto certo ao afastar-te de mim, e jogar em uma lixeira papéis com canções e rimas, declarações e poesias, cartas mal escritas, emoções mal vividas, e marcas de desenhos com corações deformados, que  recordava meus sonhos: corações porque te desejava, deformado porque tu não sabias.